O aclamado cineasta espanhol Luís Buñuel realizou em 1951 um dos seus melhores títulos: o filme Veridiana é um dos clássicos do cinema ao narrar a história de Veridiana ( Sílvia Pinal) uma jovem que pouco antes de se ordenar freira recebe o chamado de seu único parente, um tio Don Jaime ( Fernando Rey) que deseja vê-la antes dela ser ordenada freira. Durante essa visita, Viridiana desperta o desejo do tio. Mas ele não consegue consumar a tentativa de estupro durante a noite em que ela dorme na casa dele. Porém Jaime faz com que a moça acredite que houve sexo entre eles. A partir daí o diretor mostra como essa suposta traição aos votos de Veridiana traz uma reação da parte dela.
Sentindo-se indigna de merecer ser freira, Veridiana passa a morar na casa do tio depois que ele se suicida e deixa tudo para ela. A partir desse ponto o filme mostra a personagem buscando uma redenção de seu suposto pecado procurando trazer pessoas miseráveis para morar em sua propriedade. Mas esse gesto de generosidade vai desencadear uma grande transformação na vida da protagonista. Apesar de suas boas intenções, Veridiana se vê às voltas com as disputas entre seus protegidos por privilégios que ela possa lhes garantir.
Com isso, o diretor faz uma alegoria da condição humana pois apresenta situações nas quais a mesquinharia, inveja. ambição, degradação e maldade do ser humano são evidenciadas.
Esse clássico de Luís Buñel é um dos filmes obrigatórios para qualquer cinéfilo que se preze, pois trata-se de um dom maiores títulos do grande cineasta.