sábado, 20 de novembro de 2010

Meu pai inesquecível

Esse é o texto mais difícil que eu já escrevi. É uma homenagem ao meu pai, Guido, que morreu no dia 14/11/10. Perder o pai é uma paulada violentíssima que te deixa muito fragilizado. Meu pai foi um homem tão maravilhoso que sempre esteve ao meu lado nos piores e melhores momentos da minha vida.
Isso desde o momento em que eu nasci, no mesmo dia dele o que é uma honra única, quando eu passei por um momento complicadíssimo em que estive entre a vida e a morte e foi a fé do meu pai em Nossa Senhora e em Deus que me salvou.
Nossa relação sempre foi de extrema intimidade e ele me protegeu a vida inteira de tudo que fosse possível. Ter papai comigo sempre me deu a força que eu precisava para vencer os maiores e mais complicados obstáculos da minha vida.
A companhia dele em todos essas ocasiões é um privilégio tão abençoado que eu penso que é a compensação que me consola nesse momento tão dramático que eu estou vivendo. Só as lembranças dos exemplos do meu pai, das lições dele e da relação que nós tinhámos é que me dão força para seguir em frente.
Eu tenho certeza que o papai está me protegendo e olhando por mim e pela minha família onde quer que ele esteja. Só pensando assim eu me sinto capaz de enfrentar e vencer tanto sofrimento.
Que Deus receba o meu pai em seus braços e que ele descanse em paz.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Drama adolescente

Em sua terceira direção Laís Bodanzky optou por voltar à temática do filme que consagrou, Bicho de
sete cabeças, em As Melhores coisas do mundo, ao retratar a vida de Mano ( Francisco Miguez) um adolescente de 15 anos que vive as típicas descobertas da idade como o sexo, as mudanças no relacionamento com os pais por exemplo.
Um de seus principais problemas é ver seus pais ( José Carlos Machado e Denise Fraga) se separarem porque o pai descobriu que é homossexual e assumiu essa nova realidade. Essa mudança brutal na vida do protagonista provoca uma série de conflitos já Mano e seu irmão,vivido por Fiuk, passam a ser discriminados na escola.
Essa discriminação é outro ponto importante do filme que denuncia através dessa situação a prática de bullying que ocorre sempre na adolescência e que é evidenciada no filme como um dos principais problemas enfrentados nessa fase da vida.
Outro ponto destacado são as brincadeiras de adolescente, as dificuldades de aproximação com as meninas, o difícil relacionamento com as pessoas no geral, o que é feito com muita sensibilidade e humor por Laís Bodanzky.
As melhores coisas do mundo reafirma o talento de sua diretora e mostra como o cinema para adolescentes pode ser inteligente e sensível, sem precisar apelar para piadas bobas e sem sentido. Uma ótima dica do cinema brasileiro.