quinta-feira, 8 de maio de 2008

Os 40 anos de um filme arrepiante

Dirigido pelo polonês radicado nos Estados Unidos Roman Polanski no auge da sua forma, O Bebê de Rosemary, é ainda hoje um dos mais assustadores filmes do cinema.
A trama, baseada no romance homônimo do escritor Ira Levin recém falecido, mostra um jovem casal que se muda para um prédio dominado por uma seita cultuadora do diabo.
O início apresenta uma situação de aparente felicidade de Rosemary ( Mia Farrow espetacular)e seu marido o ator iniciante Guy ( John Cassevets) ao se mudarem para o edifício Dakota que simbolizava status na época.
Logo eles se ligam ao casal de vizinhos idosos Sidney e Minnie que são membros de uma seita demoníaca.
O longa apresenta a lenta cooptação que Guy vive para oferecer seu filho ao diabo em troca de uma alvancada em sua carreira de ator.
A partir desse pacto é que deslancha o pesadelo da protagonista, que passa então a ser vítima do assédio da seita.
Rosemary vive uma situção de violenta pressão psicológica, pois os membros da seita fazem uma verdadeiro cerco em torno dela para conseguirem manter seu poder maligno sobre a personegem.
O filme é um desses raros exemplos de perfeição absoluta: todos os elementos combinaram-se de tal maneira em que nada deu errado.
Mas, ainda assim, vale destacar a magistral interpretação de Mia Farrow ( no que considero o seu melhor momento no cinema), Ruth Gordon estava espetacular como a velha sinistra que faz magia negra, além da perfeita atuação do saudoso John Cassevets brilhante como o marido que não hesita m vender o filho para o demônio em troca de ascensão profissional.
Polanski cria uma atmosfera sombria e assustadora onde um amigo de Rosemary que tenta ajudá-la termina morrendo sem conseguir seu objetivo.
Com uma extensa duração, O Bebê de Rosemary prende a atenção de maneira arrepiante e deixa o espectador tenso até o surpreendente final.
Um clássico que 40 anos após ser lançado ainda exerce fascínio sobre o público.

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