Filho de uma família abastada Erico Veríssimo nasceu em 17 de dezembro de 1905 era filho do farmacêutico Sebastião Veríssimo da Fonseca e da dona de casa Albegahy Lopes. Tinha um irmão mais novo Ênio e uma irmã adotiva Maria. Quando tinha quatro anos teve meningite e broncopneumonia e um tratamento salvou sua vida.
Durante sua infância estudou no Colégio Venâncio Aires em Cruz Alta onde foi um aluno comportado e quieto, frequentava o cinema e observava o pai trabalhando. Por volta dos dez anos criou a revista Caricatura na qual fazia desenhos e escrevia pequenas notas.
Aos 13 anos já lia Aluísio Azevedo, Joaquim Manuel de Macedo, Walter Scott, Emile Zola e Fiodor Dostoievski. Foi o primeiro aluno da turma no colégio. Com a separação dos pais ele, a mãe e os irmãos passaram a morar na casa dos avós maternos. Durante esse tempo ele transcrevia obras de Euclides da Cunha e Machado de Assis, dentre outros escritores e tomou gosto pela música lírica. Em 1924 a família mudou-se para a capital gaúcha, mas devido às dificuldades financeiras retornou á Cruz Alta. Em 1926 Érico se tornou sócio de uma farmácia, mas ela faliu em 1930 deixando uma dívida que durou 17 anos. Além disso ele trabalhou como professor de literatura e língua inglesa.
Em 1927 ele conheceu sua futura esposa Mafalda Halfen Volpe quando ela tinha 15 anos. Os dois ficaram noivos em 1929 quando Erico publicou o seu primeiro texto Chico: um conto de Natal na revista mensal Cruz Alta em Revista. Em seguida seu amigo Manuelito de Ornelas enviou os contos Ladrão de Gado e Tragédia de um Homem Gordo á Revista do Globo. E o jornal Correio do Povo publicou o conto A Lâmpada Mágica.
Em 1930 viu o pai pela última vez, pois ele lutou na Revolução de 1930 . Com a falência de sua farmácia, mudou-se para Porto Alegre para viver de seus escritos. Lá foi contratado para ser secretário de redação da revista O Globo, e encontrava-se com os intelectuais da época no bar Antonello no centro da capital.
Em 1931 retorna a Cruz Alta para se casar com Mafalda e morar em Porto Alegre. Os dois tiveram dois filhos Clarissa e Luiz Fernando. Para complementar o orçamento familiar começou a traduzir do inglês para o português. O primeiro deles foi O Sineiro de Edgar Wallace. Além disso passou a colaborar com os jornais Diário de Notícias e a Correio do Povo. Promovido a diretor da Revista do Globo em 1932 Erico começou a indicar livros estrangeiros para tradução e publicação. Ele também publica sua obra de estreia Os Fantoches uma coletânea de contos em forma de peças de teatro. Mas um incêndio destruiu os livros que não foram bem de venda.
Em 1933 Erico Veríssimo traduziu o livro Contraponto do famosos autor Aldous Huxley e publicou seu primeiro romance Clarissa, que vendeu 7 mil exemplares. Já seu romance seguinte Caminhos Cruzados chegou a ser considerado subversivo.
Depois de publicar Música ao longe e Um lugar apo sol Erico publicou seu primeiro romance de repercussão internacional Olhai os lírios no campo. Já na editora Globo ele selecionou grandes nomes da literatura universal como Thomas Mann, Virginia Woolf, que foram traduzidos.
Em 1940 depois do sucesso de Olhai os lírios no campo ele publicou Saga, que ele mesmo considerava seu pior romance.
Após mudar com a família para os Estados Unidos a convite do Departamento de Estado para ministrar aulas de literatura brasileira Erico escreveu dois livros: Gato preto em campo de neve e A volta do gato preto.
Foi a partir de1947 que ele escreveu sua obra-prima: O Tempo e o Vento com o objetivo de reunir 200 anos de História do Rio Grande do Sul inicialmente em um volume, ideia abandonada para se tornar três volumes: O Tempo e o Vento, Ana Terra e Um certo capitão Rodrigo.
Nos anos 50 ele prosseguiu contando a história dos membros da família Terra Cambará, voltou a residir nos Estados Unidos onde tentou escrever a última parte de O tempo e o vento sem sucesso. Publicou o romance O Senhor Embaixador sobre sua experiência no exterior, Além disso recebeu o prêmio Jabuti pela autobiografia O Escritor diante do espelho.
Em Incidente em Antares traçou um apanhado da História do Brasil desde os primeiros tempos e investiu no fantástico com uma rebelião de cadáveres durante uma greve de coveiros na fictícia cidade de Antares
Em 1973 publica o primeiro volume de Solo de Clarineta sua segunda e ampliada biografia. Em 28 de novembro de 1975 morre vítima de infarto. \No ano seguinte foi publicado o segundo volume de O solo de Clarineta.
PRINCIPAIS OBRAS:
O TEMPO E O VENTO
INCIDENTE EM ANTARES
CAMINHOS CRIZADOS
UM LUGAR AO SOL
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